segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cuidado com algumas reportagens: ovo e diabetes tipo 2

 

Pesquisando reportagens pela internet encontramos uma matéria com o seguinte título: “Comer um ovo por dia aumenta o risco de diabetes do tipo 2, diz estudo”. Claro, fomos atrás do artigo original na revista Diabetes Care. O título: Consumo de ovo e o risco de diabetes tipo 2 em homens e mulheres. O artigo é de 2009, porém a matéria saiu ontem (23 de outubro de 2011) na internet.

Segundo a reportagem da internet: “Comer um ovo todos os dias parece aumentar substancialmente o risco de diabetes do tipo 2 (DM2). Esta é a constatação do Dr. Djoussé, do Brigham and Women's Hospital de Havard (Boston, Estados Unidos).”

Bom, o estudo original diz que homens e mulheres que ingeriam sete ou mais ovos por semana, apresentaram, respectivamente, 58% e 77% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que aqueles que não comiam ovos. A análise incluiu 20.703 médicos e 36.295 mulheres participantes do Women's Health Study. Todos os participantes não apresentavam DM2 no ínício do estudo. O período de acompanhamento foi de 1982 até 2007 para os homens e as mulheres de 1992 até 2007.

A reportagem da internet nomeou os riscos de surgimento de DM2 entre os homens:

- 9% para um ovo por semana.

- 18% para dois a quatro ovos por semana.

- 46% para 5 a 6 ovos por semana.

- 58% para sete ou mais ovos por semana.

Porém, dois importantes fatos não foram relatados na reportagem. Primeiramente, em grande parte, os ovos eram consumidos como café da manhã acompanhados de alimentos nada saudáveis, tais como bacon e salsinha. Sem contar que na maioria das vezes os ovos eram fritos, o que já aumenta, e muito, a quantidade calórica e as gorduras, quando comparamos com ovo cozido. Somente este fato já pode ter alterado e confundido o resultado, portanto, o ovo pode ser sim um inocente no estudo!

Um segundo fator é que o estudo dá tanta ênfase na relação ovo e diabetes que pode induzir o público ao erro. Achando que ao evitar o consumo de ovos estará prevenindo o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

Outro dado interessante do artigo e que se deve levar em conta é que, a cada ano apenas 1 em cada 137 mulheres que ingeriram pelo menos 7 ovos por semana desenvolveram diabetes tipo 2.

De qualquer forma, independentemente de estudos, devemos sempre optar pelo equílibrio. Não há alimentos que devemos nos privar, para isso é só consumir tudo com consciência e sem exageros!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dia Mundial da Osteoporose

 

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Sol em excesso ou proteção exagerada, pouco leite na alimentação, alto consumo de refrigerantes, falta de exercícios físicos, consumo reduzido de frutas e legumes, abuso na ingestão de complexos vitamínicos. Afinal, porque não é possível chegar a uma dose ideal e equilibrar a saúde? O resultado de simples hábitos é uma melhor qualidade de vida e a prevenção de diversas doenças, entre elas a osteoporose.

Hoje, 20 de outubro, é o Dia Mundial da Osteoporose. Uma data para chamar atenção para o problema que, segundo dado da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), atinge cerca de dez milhões de pessoas no Brasil.

Idosos, principalmente mulheres pós-menopausa, são os que mais sofrem da osteoporose. Além da idade avançada, outros fatores de risco são histórico familiar, dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária e deficiência hormonal.

Confira, então, as 10 coisas que você precisa saber sobre osteoporose:

1. A osteoporose é uma doença silenciosa e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura espontânea, ou seja, sem estar relacionada a um trauma. O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela não passe despercebida.

2. O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis de estrógeno do organismo, hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade, que ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea.

3. As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com a queda, os ossos passam a incorporar menos cálcio e se tornam mais frágeis. De acordo com estatísticas, a cada quatro mulheres, somente um homem desenvolve a osteoporose.

4. Os ossos são tecidos vivos, como o coração, cérebro ou pele. Ele é apenas um tipo mais duro de tecido. Eles são mantidos fortes e saudáveis através da troca constante de osso velho por novo, processo que é interrompido pela osteoporose, causando uma deterioração do tecido ósseo.

5. 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada três mulheres com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. No Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose. 200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência destas fraturas.

6. Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna, o colo do fêmur, o pulso e as vértebras. Destas, a fratura a mais perigosa é a do colo do fêmur. É também por causa da osteoporose que as mulheres perdem altura com a idade.

7. Para diagnóstico da osteoporose, o exame mais difundido é a Densitometria Óssea, porém existem outros exames que podem diagnosticar perda de massa óssea em relação ao adulto jovem. As pessoas devem ficar atentas aos fatores de risco: raça branca, vida sedentária, menopausa, baixa estatura, fratura espontânea prévia e hereditariedade.

8. É indicado que as pessoas façam, a partir 65 anos, exames rotineiros para detectar a osteoporose. Alguns especialistas recomendam que se inicie a pesquisa da osteoporose a partir dos 50 anos. E para as mulheres com algum dos fatores de risco, como, por exemplo, baixa estatura, deve-se começar mais precocemente, realizando os exames anualmente a partir da menopausa.

9. A Osteoporose é uma doença que pode ser facilmente prevenida. Uma ingestão adequada de cálcio (derivados do leite, vegetal verde-escuro, amêndoas e peixes) contribui e muito para o não aparecimento da doença. A ingestão de Vitamina D também contribui para a absorção do cálcio pelo intestino, porém, é necessária exposição à luz solar. Exercícios físicos, não ingestão de álcool e não fumar também são fatores importantes para a prevenção da osteoporose.

10. 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens, acima da idade dos 50, tem osteoporose. Os grupos de maior risco são: mulheres; fumantes; consumidores de álcool ou café em excesso; pessoas com diabetes; e pessoas com atividade física inadequada (excesso ou ausência).

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O lado ruim do inofensivo cafezinho

 

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Muito cuidado com aquele inofensivo cafezinho expresso!

Você deve estar tentando imaginar o motivo, certo?

Mas, o que muitos não sabem é que o café possui substâncias lipídicas (cafestol e kahweol) que aumentam o colesterol total, o LDL ('colesterol ruim') e consequentemente contribuem para o aparecimento de doenças cardiovasculares.

Porém, quando utilizamos filtro de café ou coador de pano estas substâncias ficam retidas no coador, impedindo a elevação do colesterol e frações. Já, no caso do café árabe ou expresso, como não utiliza-se filtro, nós acabamos ingerindo estas substâncias. 

Estudos demonstraram que o consumo diário de 5 xícaras de café expresso durante 4 semanas, pode elevar significativamente o colesterol e os triglicérides.

Por isso, seu consumo deve ser como sempre falamos para tudo: com MODERAÇÃO. E, claro, sempre que possível optar pelo café preparado com filtro ou coador.