No dia 28 de março de 2011, durante o II Congresso Mundial de Tratamento do Diabetes tipo 2, em Nova York, um grupo de experts em diabetes e cirurgia bariátrica do International Diabetes Federation (IDF) definiu seu posicionamento em relação ao uso da Cirurgia Bariátrica no tratamento de pessoas com Diabetes tipo 2 e divulgou pela primeira vez um documento com diretrizes.
O documento reconhece a associação entre diabetes e obesidade como o maior problema de saúde pública da história da humanidade, com uma previsão assustadora de que os 300 milhões de doentes atuais alcancem 450 milhões até 2030. Esses dados revelam a grande ineficiência dos programas de saúde pública mundial na prevenção do diabetes e uma nítida associação do crescimento dos casos de diabetes em relação aos casos de obesidade.
O relatório traz regras mais precisas e rígidas para fundamentar a opção de tratamento via redução de estômago. Entre elas, há a recomendação de exames pré-operatórios mais sofisticados (de retina e de avaliação da função do fígado, por exemplo). O documento considera a cirurgia uma opção para diabéticos com IMC (Índice de Massa Corporal) entre 30 e 35 Kg/m². No entanto, essa indicação para pessoas com obesidade leve só vale em casos excepcionais, quando o diabetes não é controlável clinicamente e há risco cardíaco.
Além disso, a cirurgia bariátrica passou a integrar o protocolo primário de tratamento do diabetes com IMC ≥ 35, ou seja, passou a fazer parte das primeiras opções de tratamento da doença. Os adolescentes com 15 anos ou mais também foram citados no documento e, para eles, a cirurgia está indicada em IMC ≥ 40 ou 35 associado à comorbidades.
Uma vez que a cirurgia bariátrica é uma intervenção que induz a um quadro de desnutrição programada, os pacientes submetidos a ela devem ter acompanhamento médico e nutricional contínuo, ao longo de suas vidas.
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