BEBÊ GORDINHO É BEBÊ SAUDÁVEL?

Não sei se vocês viram, mas a revista Veja do dia 30 de junho de 2010 (nº26) teve como capa “A síndrome do fofão” falando sobre obesidade infantil.

Esse é um tema que merece ser dada a devida importância porque...

Hoje em dia, as crianças brasileiras estão ingerindo muito mais calorias do que deveriam. “Das que tem entre 2 e 5 anos de idade, 22% apresentam sobrepeso. Pior, 6% já passaram para o patamar da obesidade – o que significa estar mais de 15% acima do peso ideal. Tudo somado, 28% da garotada de até 5 anos está pesando mais do que seria saudável. Com isso, o Brasil acaba de ultrapassar os Estados Unidos – o país mais gordo do mundo – em matéria de obesidade infantil.”

“O risco de uma criança gordinha se tornar um adulto obeso aumenta exponencialmente quanto mais se demora para tratar e diagnosticar o problema. Crianças que chegam aos 10 anos obesas, tem 80% de chance de manter esse padrão na fase adulta.”
(Fonte: Revista Veja, nº 26, 30 de junho de 2010)

Estudos indicam que o 2º trimestre do desenvolvimento fetal pode ser um período crítico para o desenvolvimento pós-fetal.
De 0 a 4 anos e dos 9 aos 13 anos é um período muito sensível para armazenar gordura.

Mas... CALMA!! Não vai chegar com 7 pedras na mão pra sua mãe, falando que é tudo culpa dela!

O consumo alimentar tem sido relacionado à obesidade quanto ao volume da ingestão alimentar, à composição e qualidade da dieta. Além disso, os padrões alimentares também mudaram, explicando em parte o contínuo aumento da adiposidade em crianças, como o pouco consumo de frutas, hortaliças e leite, o aumento no consumo de guloseimas e refrigerantes, bem como a omissão do café da manhã.

O tempo que um adolescente passa assistindo à televisão pode ter relação direta com a obesidade, pois cada hora diante da TV pode resultar em um aumento de até 2% em sua prevalência. Além disso, os anúncios veiculados estimulam a criança a consumir alimentos com alto grau de processamento, teor de micronutrientes limitado, alta densidade calórica e grande quantidade de sal, açúcar e gordura, especialmente as saturadas e o colesterol.


Diante do exposto, a alimentação é um dos aspectos da vida da criança que merece cuidados especiais. O comportamento alimentar inadequado pode ocasionar a falta de nutrientes básicos para suprir as necessidades de crescimento, desenvolvimento e prevenção de riscos de doenças. A promoção de uma alimentação saudável durante a infância contribui para o bom desenvolvimento físico, mental e social durante este período, exercendo influência em seus hábitos e escolhas futuras.
Por ser a fase pré-escolar e escolar onde a criança começa a formar seus hábitos alimentares, destaca-se assim, a importância da introdução de alimentos saudáveis.